Vampira,
Sugas o sopro de vida que me resta,
e eu não resisto à tua sedução.
Pérfida e falsa não consegues fugir à tua natureza.
Enfeitiças-me e apaixonas-me,
desejo desprender-me do mundo e apanhar-te no teu voo nocturno,
e dominar-te, ensinar-te que afinal podes saber sempre onde vais acordar...
... ao meu lado.
Vampira,
Sugas o meu sangue e injectas-lhe a tua doença,
mas hesitas e foges, o sangue doce assusta-te,
pois estou morto, e os vampiros morrem se beberem do meu sangue.
Vampira,
Continuas na tua fuga,
apesar de eu ter voltado a viver e já não te envenenar,
e de já não me enfeitiçares, e a paixão não pára de crescer.
Não consegues encarar que alguém anseie por ti
e por defender um ser pérfido de muralhas grossas,
não entendes a loucura que me invade as veias,
de confiar em ti, de nunca te trair nem magoar,
tomar conta de ti e amar.
Vampira,
Tens medo de sugar o meu sangue,
apesar de saberes que não te vai envenenar,
principalmente por saberes que pode bem ser a tua cura.
Amar...
João Brito Pedroso
2007-09-18
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